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sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

Esperança dos Pobres


  

"Então, disse Maria: A minha alma engrandece ao Senhor,e o meu espírito se alegrou em Deus, meu Salvador,porque contemplou na humildade da sua serva. Pois, desde agora, todas as gerações me considerarão bem-aventurada, porque o Poderoso me fez grandes coisas. Santo é o seu nome.A sua misericórdia vai de geração em geração sobre os que o temem.Agiu com o seu braço valorosamente; dispersou os que, no coração,alimentavam pensamentos soberbos .Derribou do seu trono os poderosos e exaltou os humildes.Encheu de bens os famintos e despediu vazios os ricos....."  Lucas 1.46-53

Esse texto é considerado um cântico.  Chamado de Magnificat devido à primeira palavra do texto em Latim. A narrativa de Lucas é surpreendente pelo cunho social apresentado nas palavras de Maria.

O trecho acima foi recitado por Maria após a jovem receber uma revelação de que ficaria  grávida  e que daria  à luz o messias prometido por Deus, o Salvador.

A seguir, segundo Lucas,  Maria vai visitar Isabel, sua prima e logo ao entrar na casa comunica sua gravidez recitando estas palavras que de certa forma são revolucionárias. Quem imaginaria que uma menina de família pobre, do interior,  tivesse a capacidade de proferir tais palavras. 

Embora esta passagem bíblica seja muito usada pelos cristãos ao longo do ano em suas liturgias, a mim me parece um texto  especial quando nos aproximamos da noite que se comemora o Natal.

Lucas parece ter um interesse especial pelos pobres e por outros grupos marginalizados. Aqui no Maginificat lemos : “ (Deus) encheu de bens os famintos  e despediu vazios os ricos”.

Desde o início o evangelista  quer apresentar  um Jesus e sua mensagem como   a  “esperança dos pobres” .

Nesse evangelho Jesus é descrito como  alguém que se relacionava  com as pessoas sofredoras, perturbadas, doentes, coletores de impostos, pecadores e até com  as mulheres – ultrapassando a barreira social e religiosa da sociedade patriarcal de sua época.

Jesus, esse mesmo que em dezembro se comemora seu nascimento em todo o mundo ocidental e em diversos países do Oriente e Ásia, demonstrava uma extraordinária compaixão pelos marginalizados, a qual sua igreja é chamada a imitar. 

Mas, será que o estamos imitando?




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