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quinta-feira, 30 de maio de 2013

Morte em Condomínio em São Paulo : faltou um mediador, um fazedor de paz!


Condomínios são  opção de segurança e conforto para  moradores  das cidades grandes;  mas será que todos  estão  preparados para viver em comunidade?
A recente  tragédia em  um condomínio de luxo na Grande São Paulo, ilustra que  a violência não vem apenas do exterior  dos condomínios, mas está  dentro deles também.  Não acontece só nas periferias e não é causada só por moradores  de classes sociais  menos favorecidas.

Que tristeza  pensar  que  uma família foi destruída e outra arruinada pelo duplo assassinato  e um suicídio, pelo chamado  motivo fútil: o alto ruído provocado num apartamento.  Que tragédia para o filho pequeno que  perdeu a chance de ser criado pelos pais. Grande prejuízo para toda a sociedade!
Caso  esses  vizinhos  aplicassem o conselho de Paulo  na Carta ao Romanos, não teria ocorrido a tragédia: 
"... no que depender de vós, tende paz com todos os homens"  -  Rm 12.18


A gota d'água  que  transbordou o copo de  furor  do morador  do andar  de baixo, um homem de 60 anos,  foi o barulho   que  fazia o casal no andar  de cima.  Parece que já havia  uma rixa  entre  esses vizinhos, devido aos constantes barulhos  que faziam os  moradores  do apartamento de cima.
Contam os vizinhos  que antes da tragédia o vizinho  irritado com a barulho  chegou  a esbravejar  sua cólera  exigindo silêncio,  mas não foi atendido;  e o ruído continuou.

Um homem  irado,  normalmente toma as piores decisões, nessas horas de conflito pessoal.   Ao ver que não adiantavam suas reclamações  resolveu  dar vazão  ao seu furor. Ele possuía  uma arma  de fogo  em casa .  Irado, tomou seu revólver, bateu à porta dos vizinhos e  descarregou sua arma  e seu ódio no casal; depois voltou em casa, recarregou o revólver  e foi se suicidar  no elevador do  prédio.

Alguém vai me dizer que sou sonhador e que este tipo de coisa seria inevitável. Eu responderia que sou sonhador mesmo, mas que essa tragédia poderia ser evitada  de,  pelo menos, duas maneiras :

1a.  Se os envolvidos entendessem que o conflito  tinha um potencial de ter um final trágico; ou
2a. Se  houvesse um mediador  nesse condomínio, ou  alguma pessoa com discernimento para prevenir a tragédia: um fazedor de paz.  

Caso houvesse naquele prédio  pessoas que  pudessem observar que o conflito  já durava  algum  tempo, e  procurassem se aproximar,  entender melhor o que acontecia para abrir o diálogo entre as partes conflitantes, poderiam ter evitado uma tragédia.  Portanto um caso assim, uma simples rixa de vizinhos, exigia um mediador  de conflitos. Essa pessoa poderia ser alguém treinado pelo Condomínio para atuar nesse tipo de situação ou, mesmo informalmente , algum morador poderia ter abordado a situação antes dessa perda total  de controle.

Fico me perguntando: quantas pessoas que moravam  nesse condomínio, homens e mulheres  de Deus,  que são frequentadores  de igrejas,  mas que desconhecem  que uma de nossas missões , como cristãos, é de sermos fazedores de paz?

Infelizmente, poucas são as igrejas cristãs que enfatizam algo que Cristo, o Príncipe da Paz,  deixou  bem claro: “Bem aventurados os pacificadores porque eles serão chamados filhos de Deus” Mt. 5.9.

Haverá mais esperança  para as nossas cidades quando os filhos de Deus  cumprirem sua missão.


domingo, 26 de maio de 2013

QUEM CONGREGA TEM MAIS RECURSOS


 

NÃO DEIXE DE CONGREGAR

Lindos cantos de louvor,
expressão de uma paixão,
da alma  a inspiração,
há nos cultos ao Senhor.
Posso cantar com fervor,
cada letra me fascina,
minha alma ilumina
quando começo a louvar.
Não deixe de congregar,
pois O Dia se aproxima!


Caminho tão  sedutor:
deixar a congregação,
viver de badalação,
ou preso ao computador.
Longe do culto e louvor
o cristão se desanima;
aquele que o arruína
leva  o crente a se isolar.
Não deixe de congregar,
pois O Dia se aproxima!

  

Transmitia tanto amor,
amava sem distinção,
gostava da comunhão.
Agora que se afastou
dos remidos do Senhor,
qualquer falha abomina.
Com malícia incrimina
quem tenta se aproximar.
Não deixe de congregar,
pois O Dia se aproxima!


Na presença do senhor,
da palavra,  a pregação,
mexe com meu coração,
tira todo dissabor.
A alma sente um frescor,
como tranquila menina;
se aquieta, cristalina,
após o banho tomar.
Não deixe de congregar,
pois O Dia se aproxima!


No momentos de pavor,
choro e consternação,
temos, sim, em cada irmão
um abraço acolhedor.
Nestas horas de horror
quem tá fora alucina,
pois sabe: Deus recrimina
do aprisco se afastar.
Não deixe de congregar,
pois O Dia se aproxima!


Encontrei lugar de amor,
de respeito e proteção,
no convívio dos irmãos,
lá na casa do Senhor.
Como pardal encontrou
casa, aonde se aninha,
 e ninho, achou a andorinha,
encontrei o meu lugar.
Não deixe de congregar,
pois O Dia se aproxima!

Claudio Divino Pereira



sexta-feira, 24 de maio de 2013

Excluídos, mas amados



Eric Garcia, abraça  um morador de rua

David Bosch,  no livro Missão Transformadora diz  algo interessante sobre a parábola do Grande Banquete de Casamento, Lc 15.20-24, na qual a maioria dos convidados  arranja uma desculpa para não comparecer, e o dono da festa manda convidar  toda a população  de rua, mendigos, aleijados e outros excluídos :

 “O Jesus  que Lucas apresenta a seus leitores é alguém que  vai de encontro às pessoas no templo, nas vilas e cidades. E além disso, esse Jesus  traz para casa o excluído, o estrangeiro e o inimigo, e lhe dá ,  para desgosto dos “justos”,  um lugar de honra no banquete do reinado de Deus”. 
 Essa também  é a missão de seus seguidores;  será que a estamos cumprindo?


quarta-feira, 22 de maio de 2013

Almoçando com o inimigo

Entrada do Rei, desarmado, em Jerusalém


Pagar imposto nunca foi coisa agradável  de se fazer. 

O leão sempre foi voraz; a história mundial pode provar isso.  O próprio evangelho narra histórias de ódio da população contra os  coletores de impostos, que eram considerados inimigos traidores.  Mesmo sabendo disso Jesus  gostava da companhia deles; e de vários outros pecadores.

Almoçar com  o “inimigo”,   compartilhar  com o desafeto da mesma  mesa,  estragaria o apetite da maioria  das pessoas;  mas isso  não acontecia com o Rabi de Nazaré!  Ele convidava esses detestáveis traidores dos Judeus, para almoçar  em sua casa;  com Jesus e seus discípulos.  Além disso, Jesus mesmo  “se convidou”  para dormir  na casa de Zaqueu, chefe dos publicanos.

 O jovem Rabi escandalizou a sociedade de sua época, pois na Palestina do primeiro século estes judeus  eram contratados pelos romanos para  extorquir a população,  arrecadando  os  impostos de seus compatriotas; e  todo o dinheiro ia para Roma.  O povo queria "ver o Cão", mas não queria ver um publicano.

Esses almoços com os coletores  e  outros pecadores renderam a Jesus  fortes críticas por parte dos religiosos Fariseus. Mas isso não abalava o mestre, pois  na comunidade do Cristo,   não havia espaço  para vingança, mas para reconciliação. E nas comunidades cristãs de todos os séculos sempre houve mestres para lembrar que os seguidores do Cristo ressurreto nunca deveriam escolher o caminho do ódio e da vingança, mas do amor e da reconciliação, sem se importar com as críticas da sociedade à sua volta. 
( Mt 9.10).

Claudio Divino Pereira

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quarta-feira, 15 de maio de 2013

É melhor tratar as feridas antes que elas se aprofundem



Meu cachorro Amarelo tinha uma ferida na pata traseira que não cicatrizava. Comprei pomadas, spray de antibiótico, comprimidos,  mas não resolveu; depois de um tempo a lesão ficava exposta de novo, em carne viva. Comecei a me preocupar, pois Amarelo, de raça indeterminada, também chamado Street Dog,
nunca teve nenhum problema de saúde. Bem pelo menos ele nunca reclamou pra mim.

Atualmente Amarelo é considerado um senhor idoso pelos outros dogs da quadra (bairro);  pois parece que  já tem mais de treze anos; mas é conservado!  ele nem sabe ao certo quantos anos tem!

Voltando à ferida. Fui à casa de agropecuária, dessa vez levei meu amigo pra ser “examinado” pelo Veterinário. Então o atendente da loja olhou a “lesão”,  pegou o telefone e ligou pra um veterinário, e depois da ligação veio o diagnóstico:   a ferida não tava cicatrizando porque o cachorro ficava lambendo . A solução seria usar aquele colar pro cachorro não lamber mais a ferida.
Ficou esquisito! Parecia um abajur na cabeça dele! Os outros cachorros da rua devem ter zoado com a cara do Amarelo!
Mas mesmo com o tal colar ele dava um jeitinho de se lamber e não adiantou nada!. Então eu resolvi colocar ataduras de gaze com esparadrapo e pra minha alegria ele não se estressou com o gaze, e duas semanas depois tudo cicatrizou e o pelo voltou a nascer no lugar.

Percebi que tratar é diferente de lamber! Foi só quando eu tomei a decisão radical de impedir que ele continuasse a lamber a ferida que os remédios puderam fazer efeito!

As feridas de nossa alma também precisam ser tratadas . O salmista declara :

O Senhor sara os quebrantados de coração e lhes ata as feridas” Sl 147.3

Quando nós mesmos ficamos tentando curar,  nós mesmos,  nossas feridas do coração, somos semelhantes ao cão que imagina que lambendo suas feridas elas vão  melhorar;  mas a cada dia elas se abrem mais.

Sejam mágoas do passado, ou injustiças sofridas no presente, falta de reconhecimento ou humilhações sofridas, todas essas feridas podem ser tratadas por Deus, o Criador. Entregue-as aos cuidados Dele em oração e descanse.  Só Ele pode atá-las.

O melhor cicatrizante para o coração

Alguém te causou muita dor? Pare de odiar quem lhe ofendeu, pare de mexer , e cutucar nisso, pois assim essas feridas não cicatrizam.  "Antes sede uns para com os outros benignos, misericordiosos, perdoando-vos uns aos outros, como Deus vos perdoou em Cristo" Ef. 4.32

O perdão é o maior cicatrizante. Com fé, confie suas mágoas a Deus, ele é especialista em coração; e espere o tempo da cura de Deus.

Claudio Divino Pereira

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sábado, 11 de maio de 2013

Mais uma mulher estuprada em ônibus no Rio


Distúrbio Mental do Estuprador?  Não, maldade e covardia !


Cartaz de protesto contra estupro de estudante indiana, estuprada 

Mais uma mulher violentada em  transporte  coletivo na cidade do Rio de Janeiro, e mais uma vez,  um menor é  autor desse tipo  de crime.  

Uma sexta-feira, 3 de maio, à tarde. Um adolescente armado tomou um ônibus coletivo e anunciou o assalto, ordenando que todos fossem para a parte de traz do ônibus;  mas  em meio  ao assalto  ele resolveu  barbarizar: escolheu uma mulher, separou-a dos demais passageiros e  ameaçando-a com o revolver a estuprou. Depois, friamente,  ordenou que ela voltasse para junto dos outros passageiros.  Esperou chegar ao ponto que pretendia,  e desceu tranquilamente. Tudo foi filmado pela câmera de segurança do veículo.
Neste caso o estuprador, um rapaz de 16 anos,  resolveu  se apresentar à Polícia alguns dias depois, provavelmente com medo de ser morto na captura; e mesmo no momento  de ser reconhecido pela vítima, e testemunhas, já na delegacia, ainda aparentava frieza  e parecia debochar da situação, talvez por saber que não seria preso,  pois é  menor. 

Barbaridades cometidas  à  luz  do dia,  com demonstração de frieza, e descaso pela Lei e pela vida humana. 
O Escritor do Livro de Gênesis, a mais de 4 mil anos, constatou  uma situação semelhante ao que está acontecendo na grande maioria das  cidades de nosso país: 
"A  terra, porém, estava corrompida diante de Deus, e cheia de violência" Gn 6.11 

Nossa terra está corrompida mesmo  e cheia de violência; como  um cálice transbordando de maldades de todo tipo.
Nossa  sociedade deveria se debruçar mais sobre situações como estas ocorridas no Rio e em diversas outras capitais e considerar que nem tudo deve ser atribuído à efeito de drogas, ou problemas mentais, ou pobreza extrema; ou falta de oportunidades para que os jovens saiam da pobreza. Já está passando da hora de avisar para Cientistas Sociais que quem gera  violência não são apenas problemas sociais, mas também morais e espirituais.  Pessoas completamente vazias espiritualmente, são capazes de cometer as maiores torpezas! 

O Delegado de  São Cristóvão, no Rio, que acompanhava o caso disse o seguinte, numa das entrevistas:  
“Alguém que tenha a coragem de estuprar uma mulher dentro de um ônibus, na frente de todos os passageiros, acreditamos que sofra algum tipo de distúrbio mental”

Essa  tese, seu Delegado é, no minimo fraca, pra não dizer ingênua. Pois numa cidade que os  jovens  estão  praticando  sexo publicamente nos bailes  funk, e nas praças,  não  parece  ser difícil  acreditar que  rapazes  são capazes de estuprar  uma mulher  dentro  de um ônibus, à vista  dos demais passageiros. 
Trata-se, seu Delegado, da maldade do ser humano não regenerado pela graça de Deus,  sem amor ao próximo, sem compaixão.  Não é distúrbio mental, não! É maldade, é ódio, é rebelião!  É um exemplo explícito da corrupção humana. É o mesmo mal contido nos homens que estupraram uma estudante num ônibus na Índia; estupro que a levou à morte. 

O ato desse jovem delinquente brasileiro está  dentro da prática da  iniquidade; esse estupro foi mais  um exemplo de  quebra de leis  morais e preceitos universais divinos. 
Portanto, poder-se-ia resumir esse crime  em uma palavra que chega a arrepiar muitas pessoas,  pois a consideram antiquada  e preconceituosa:  o pecado. Esse rapaz cometeu não apenas um crime contra a cidadã,  nem só contra a sociedade, mas em primeiro lugar, contra Deus, quando assumiu uma postura  de quebrar a lei moral de Deus.

O caso foi encaminhado à 2ª Vara da Infância de Juventude e o menor será levado para a Escola João Luiz Alves, antigo Instituto Padre Severino, onde poderá ficar internado só até completar 21 anos. Após completar a idade, fica livre e com a ficha criminal limpa e responderá, caso cometa novo crime, como réu primário.  Cometeu um grave crime, sabia exatamente o que estava fazendo,  mas é menor, e pela nossa Lei  não pode ser preso, mas "internado".    

Pessoas como esse rapaz, que não foram ensinados a  respeitar a Deus, e  ainda sabem que não podem ser punidos pela lei dos homens, por serem menores de idade, tornam-se muito perigosos para a sociedade. 
É hora  de  rever  a formação moral e espiritual de nossa juventude  e rever as leis de nosso país, que protegem criminosos de menor idade.


Claudio Divino Pereira
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quinta-feira, 9 de maio de 2013

O QUE É BULLYING E COMO PREVENIR ( 2ª parte)





A primeira parte  do artigo terminou  com essa pergunta abaixo.

Os pais deveriam perguntar-se a si mesmo:  será que meu lar está gerando filhos do tipo agressores ou alvos de bullying?

As crianças  e adolescentes  mais facilmente vitimadas por bullying são aquelas mais inseguras, introvertidas, com tendência à depressão. São chamados “alvos” de bullying, A maioria dos alvos tem baixa auto-estima, sofre com medo, vergonha, depressão e ansiedade. Podem ser alvos também crianças superprotegidas e não ensinadas a  interagir com outras crianças.

Por outro lado, os agressores são crianças ou adolescentes que geralmente possuem: hiperatividade, impulsividade, distúrbios comportamentais, dificuldades de atenção, baixa inteligência e fraco desempenho escolar.  Eles sentem prazer em dominar e causar danos e sofrimentos às outras crianças.

Verifica-se que lares desestruturados tem mais propensão a favorecer a agressividade nas crianças. 
Lares onde o relacionamento afetivo é pobre, onde existe excesso de tolerância ou permissividade, prática de maus tratos físicos ou emocionais são, normalmente, berço  agressores .

Outros problemas que se poderia mencionar são lares com pais alcoólatras ou usuários de drogas, por exemplo,  que terão grandes chances de criar filhos com predisposição  ao  bullying;  ou  como agressores  ou como vítimas.

Provérbios de Salomão trazem grandes ensinamentos aos pais sobre criação de filhos. Cito abaixo um dos mais conhecidos:

“Ensina a criança no caminho que deve andar,
E ainda quando for velho, não se desviará dele”  Pv 22.6

Portanto, pais e mães,  a nossa omissão na tarefa de educar nossas crianças  pode ter um preço alto demais para a vida de nossos filhos.  A velha desculpa da falta de tempo, da correria da vida moderna, do cansaço diário de ter que correr atrás de “sustento” da casa, são desculpas que devem ser deixadas de lado.  O que se espera dos pais é que assumam os papéis de pais presentes, amigos, próximos, carinhosos sem ser super protetores, que não incentivem a violência doméstica, nem a pratiquem, para não dar mau exemplo aos filhos. 

AMOR E DIÁLOGO EM CASA, MELHOR  PREVENÇÃO

Portanto, terão mais sucesso na prevenção de violência juvenil, os casais que buscam ter uma vida estruturada, um lar com princípios e não apenas com valores materiais; famílias onde o homem e a mulher, pai e mãe , trabalham unidos para educação  de seus filhos, e que independente da renda familiar procuram gastar tempo com seus filhos, conversam sobre a vida, sobre Deus e sobre a vida espiritual e moral. Casais que percebem que sozinhos não vão conseguir realizar essa grande tarefa, e portanto pedem fervorosamente a ajuda de Deus para criar seus filhos, e aproveitam os recursos da comunidade eclesiástica para apoiá-los, participando ativamente da vida de uma igreja local, como família.

E quanto às mães que criam seus filhos sozinhas sem a presença  dos pais dessas crianças, ainda mais necessitam de uma rede de apoio para proporcionarem às suas crianças e adolescentes uma vida comunitária saudável e uma boa educação bíblica e religiosa; para que suas crianças não sejam violentos e nem vítimas de violências como o bullying.

Portanto, a freqüência à uma igreja local é fundamental.  Caso você esteja numa igreja que só se preocupe com programas para adultos, procure outra onde haja programas sérios voltados para o crescimento e educação de seus filhos.

Crianças e adolescentes que crescem em lares onde Deus é honrado e a bíblia é ensinada, não apresentarão pré-disposição para o bullying, nem como agressores nem como alvos. Filhos emocionalmente estáveis não precisam usar de violência nem na escola nem por onde quer que forem.

Lembre-se sempre: seus filhos são Herança de Deus. Cuide bem de sua herança.



quarta-feira, 8 de maio de 2013

O QUE É BULLYING,E COMO PREVENIR (1ª parte)




Bullying, o comportamento agressivo entre estudantes, traz  sérios prejuízos ao desenvolvimento de crianças e adolescentes e pode deixar sequelas para toda a vida adulta de uma pessoa. Pode inclusive trazer  problemas de saúde  e  levar crianças e adolescentes ao abandono da escola, a portar armas e ao suicídio.

O ambiente  escolar tem sido palco de muita violência. Preocupação constante de autoridades, pais e professores. Todos desejamos uma escola de ambiente tranquilo para nossas crianças; um lugar de paz e segurança onde elas encontrassem espaço apropriado para seu desenvolvimento intelectual e de caráter. Mas a realidade é bem diferente. A violência escolar é um fenômeno universal, não é “privilégio” de países  pobres, ou em desenvolvimento.

Existem várias formas de violência escolar, desde simples rixas até assassinatos e chacinas. Casos extremos tem acontecido em nosso país, como o de um menino de 12 anos que morreu envenenado por duas colegas de escola  na Grande Recife, ao comer bolachas envenenadas, em 2011. As meninas de 13 e 14 anos  queriam  matar outras duas colegas  e pediram que o garoto  lhes entregasse  as bolachas com veneno. O garoto comeu as bolachas, ao invés  de entregá-las,  e acabou morrendo.

Outro caso chocante  foi o chamado Massacre de Realengo, Rio,  em 2011no qual um rapaz de 23 anos, ex-estudante da escola  do Bairro de Realengo, invadiu as salas, armado de dois revólveres, e  matou doze alunos, com idade entre  12 e 14 anos; e ao ser interceptado por um policial cometeu suicídio.  Uma das motivações  do massacre teria sido que o assassino  fora vítima de bullying naquela mesma escola. 

A  Violência Escolar é um termo amplo e compreende :

“... todos os comportamentos agressivos e anti-sociais, incluindo os
conflitos interpessoais, danos ao patrimônio, atos criminosos,
etc. Muitas dessas situações dependem de fatores
externos, cujas intervenções podem estar além da competência
e capacidade das entidades de ensino e de seus funcionários.
(...)
Infelizmente, o modelo do mundo exterior é
reproduzido nas escolas, fazendo com que essas
instituições deixem de ser ambientes seguros,
modulados pela disciplina, amizade e cooperação,
e se transformem em espaços onde há violência,
sofrimento e medo.”  
Jornal de Pediatria - Vol. 81, Nº5(supl), 2005

Talvez uma mãe preocupada  esteja lendo este artigo e se perguntando: "será que meu  filho tem sido vítima  de Bullying? Tem um garoto na escola que deu um empurrão nele na hora do intervalo  e ele caiu!" Vamos com calma, nem tudo é bullying.

Afinal, o que é Bullying ?

Por definição, bullying compreende todas as atitudes agressivas, intencionais e repetidas, que ocorrem sem motivação evidente, adotadas por um ou mais estudante contra outro(s), causando dor e angústia, sendo executadas dentro de uma relação desigual de poder.

“O bullying e a vitimização representam diferentes tipos de
envolvimento em situações de violência durante a infância
e adolescência. O bullying diz respeito a uma forma de
afirmação de poder interpessoal através da agressão. A
vitimização ocorre quando uma pessoa é feita de receptor
do comportamento agressivo de uma outra mais poderosa.
Tanto o bullying como a vitimização têm consequências
negativas imediatas e tardias sobre todos os envolvidos:
agressores, vítimas e observadores” 
Jornal de Pediatria - Vol. 81, Nº5(supl), 2005

Portanto são considerados bullying: os apelidos, agressões físicas repetidas, ameaças, roubos, ofensas verbais, ou expressões e gestos que geram  mal estar  nas vítimas; muito utilizados entre meninos. O chamado bullying indireto são atitudes de indiferença, isolamento e difamação;  mais adotado pelas meninas; elas adotam essas formas mais sutis  e, portanto,  mais difíceis de serem identificadas. 

A faixa etária  onde o bullying mais prevalece é entre 11 e 13 anos; e é menos frequente na educação infantil  e ensino médio.

Existe, portanto, uma necessidade de orientar as famílias e a sociedade para o enfrentamento dessa forma mais frequente de violência juvenil. Infelizmente há uma tendência, por parte de adultos, pais, professores e funcionários das escolas, em banalizar os ataques de bullying, considerando como coisa de menor importância, ao pensar: “eles são crianças, eles que resolvam entre si.” Entretanto não se trata de pequenas rixas insignificantes

A prevenção do bullying entre estudantes constitui-se  um desafio e uma necessidade para as autoridades, educadores  e principalmente  para as famílias.

Nas  famílias os pais devem ficar atentos a estas questões  para prevenir que seus filhos não se envolvam nas práticas de bullying nem como agressores  nem como vítimas. Antes de pensar em acompanhar mais a vida acadêmica dos filhos nas escolas deveriam, primeiro,  verificar se em casa  eles  tem apresentado  predisposição  para agressividade ou  passividade.

Não se pode atribuir ao Estado uma responsabilidade das famílias. Os pais são os primeiros responsáveis pela educação de seus filhos. A igreja tem muito a colaborar com ensinos  bíblicos   e vivência em comunidade para o crescimento saudável das crianças. Portanto, os pais que se preocupam com o ensino religioso de seus filhos terão algumas vantagens nesse processo educativo.

Entretanto, se não se pode transferir para o Estado a educação dos filhos, do mesmo modo não se deve tentar transferir para a igreja. A tarefa principal continua sendo da família, da casa, dos pais.

A vida escolar tem sua dinâmica  própria e não adianta a mãe desesperada  tentar  proteger  seu  filhinho  querido desses ataques pois ele, na vivência  do dia-a-dia da escola,  terá que estar  preparado  para enfrentar  situações  adversas, inclusive o bullyng.

Os pais deveriam perguntar-se a si mesmo:  será que meu lar está gerando filhos do tipo agressores ou alvos de bullying?  (continua )