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Franceses vão às ruas em apoio contra terrorismo |
Neste mês em que igrejas de tradição anabatista, ao redor mundo, comemoram o marco inicial da chamada Reforma Radical, com enfase pacifista, segundo o modelo de Jesus, o mundo está abalado com atentados terroristas. Pode-se dizer que a Europa vive uma guerra "velada" contra os imigrantes de origem árabe ou descendentes de árabes nascidos no velho continente. Mais adiante neste artigo falarei um pouco sobre essa tendencia a uma islamofobia européia.
A data a que me referi acima é a de uma reunião de oração em Zuric, Suiça, em 21 de janeiro de 1525 que é considerada o marco inicial da Reforma Anabatista; uma reforma radical que teve como uma das principais bandeiras a paz e não violência. Naquela data foi deflagrado o movimento do Anabatismo como uma igreja visível de crentes, com ênfases distintas tanto do catolicismo romano, quanto do Protestantismo emergente.Ela é chamada Reforma Anabatista ou Reforma Radical . Anabatistas significa rebatizadores.
Uma parte de uma antiga carta escrita possivelmente em 1530, portanto, pouquíssimos anos depois da citada reunião de oração, é transcrita abaixo; originalmente escrita em Holandes, o texto é extraído do livro Uma Introdução à História Menonita, de Cornélios J. Dick, Editor:
"Assim também o acima mencionado Felix Mantz, que foi o primeiro; foi afogado em Zurique, Wolfgang Uliman foi queimado em Walzem com dez outros, inclusive seu irmão, que era seu companheiro. Ele foi o sétimo.Depois dele um clérigo chamado Hans Pretle (Johan Brotli), que também era nosso servo no país. E assim ele se divulgou através da perseguição, como Miguel Satler e muitos de seus parentes. Assim também Melchior Veit, que era companheiro de George Blaurock, foi queimado em Dracha."
Naquele século XVI os Anabatistas foram a "bola da vez" na Europa, pois tanto Estados Protestantes quanto Católicos os perseguiram e mataram até que se reduziram a pequenas comunidades que escaparam de ser dizimadas.
Durante a segunda guerra mundial foi a vez dos judeus. O antissemitismo chegou ao auge com Hitler na Alemanha , com grande colaboração do estado francês que deportou milhares de judeus para os campos de concentração nazistas. Estima-se que seis milhões de judeus morreram vítimas do nazismo.
Agora, infelizmente, está chegando a vez dos muçulmanos europeus enfrentarem a mesma fúria, principalmente do governo francês.
Após o atentado à revista Charlie Hebdo, executado por dois franceses descendentes de argelinos, neste mês de janeiro, o governo francês, seguido pela Bélgica e Alemanha, decretou alerta máximo contra possíveis atentados terroristas, organizados por radicias islâmicos.
Nessas horas, cegos de ódio e com fome de vingança os chefes de Estado não conseguem ou não tem interesse em fazer separação entre quem são estes "radicais islâmicos", que utilizam o terrorismo, e a população de descendência árabe, pacífica, praticante do islamismo. Assim todo povo árabe que mora na Europa e outros imigrantes de pele morena passam a sofrer discriminação, retaliações e correm risco de morte.
Que haja bom senso dos Estados europeus para que o mundo não sofra outro massacre.
Excelente artigo!
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