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segunda-feira, 19 de janeiro de 2015

Massacres na Europa de ontem e de hoje.


Franceses vão às ruas em apoio contra terrorismo

Neste mês em que igrejas  de tradição  anabatista, ao redor mundo, comemoram o marco inicial da chamada Reforma Radical, com enfase pacifista, segundo o modelo de Jesus, o mundo está abalado com atentados terroristas. Pode-se dizer que a Europa vive uma guerra "velada" contra os imigrantes  de origem árabe ou descendentes de árabes nascidos no velho continente.  Mais adiante neste artigo falarei um pouco sobre essa tendencia a uma islamofobia européia.

A data a que me referi acima  é a de uma  reunião de oração em Zuric, Suiça, em 21 de janeiro de 1525 que  é considerada o marco inicial da Reforma Anabatista;  uma reforma radical que teve como uma das principais bandeiras a paz e não violência. Naquela data foi  deflagrado o movimento do Anabatismo como uma igreja visível de crentes, com ênfases distintas tanto do catolicismo romano, quanto do Protestantismo emergente.Ela é chamada Reforma Anabatista ou Reforma Radical . Anabatistas significa rebatizadores.

Uma parte de uma antiga carta escrita possivelmente em 1530, portanto, pouquíssimos anos depois da citada reunião de oração, é transcrita abaixo; originalmente escrita em Holandes, o texto é  extraído do livro Uma Introdução à História Menonita, de Cornélios J. Dick, Editor:
"Assim também o acima mencionado Felix Mantz, que foi o primeiro; foi afogado em Zurique, Wolfgang Uliman foi queimado em Walzem com dez outros, inclusive seu irmão, que era seu companheiro. Ele foi o sétimo.Depois dele um clérigo chamado Hans Pretle (Johan Brotli), que também era nosso servo no país. E assim ele se divulgou através da perseguição, como Miguel Satler e muitos de seus parentes. Assim também Melchior Veit, que era companheiro de George Blaurock, foi queimado em Dracha."
Naquele século XVI os Anabatistas foram a "bola da vez" na Europa, pois tanto  Estados Protestantes quanto Católicos os perseguiram e mataram até que se reduziram a pequenas comunidades que escaparam de ser  dizimadas. 

Durante a segunda guerra mundial  foi a vez  dos judeus. O antissemitismo chegou ao auge  com Hitler na Alemanha , com  grande colaboração do estado francês que deportou  milhares  de judeus para os campos de concentração nazistas. Estima-se que seis milhões de judeus morreram vítimas do nazismo.

Agora, infelizmente, está  chegando  a vez dos muçulmanos europeus enfrentarem a mesma  fúria, principalmente do governo francês. 

Após o atentado à revista Charlie Hebdo, executado por dois franceses descendentes de argelinos, neste mês  de janeiro,  o  governo francês, seguido pela Bélgica e Alemanha, decretou  alerta máximo  contra  possíveis atentados terroristas, organizados por radicias islâmicos. 

Nessas horas, cegos de ódio e com fome de vingança os chefes de Estado não conseguem ou não tem interesse em   fazer separação entre quem são estes "radicais islâmicos", que utilizam o terrorismo,  e a população de descendência árabe,  pacífica, praticante do islamismo.  Assim todo povo árabe que mora na Europa e outros imigrantes de pele morena  passam a sofrer discriminação, retaliações e correm risco de morte. 

Que haja bom senso dos Estados  europeus para que o mundo não  sofra outro massacre.









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