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quarta-feira, 22 de maio de 2013

Almoçando com o inimigo

Entrada do Rei, desarmado, em Jerusalém


Pagar imposto nunca foi coisa agradável  de se fazer. 

O leão sempre foi voraz; a história mundial pode provar isso.  O próprio evangelho narra histórias de ódio da população contra os  coletores de impostos, que eram considerados inimigos traidores.  Mesmo sabendo disso Jesus  gostava da companhia deles; e de vários outros pecadores.

Almoçar com  o “inimigo”,   compartilhar  com o desafeto da mesma  mesa,  estragaria o apetite da maioria  das pessoas;  mas isso  não acontecia com o Rabi de Nazaré!  Ele convidava esses detestáveis traidores dos Judeus, para almoçar  em sua casa;  com Jesus e seus discípulos.  Além disso, Jesus mesmo  “se convidou”  para dormir  na casa de Zaqueu, chefe dos publicanos.

 O jovem Rabi escandalizou a sociedade de sua época, pois na Palestina do primeiro século estes judeus  eram contratados pelos romanos para  extorquir a população,  arrecadando  os  impostos de seus compatriotas; e  todo o dinheiro ia para Roma.  O povo queria "ver o Cão", mas não queria ver um publicano.

Esses almoços com os coletores  e  outros pecadores renderam a Jesus  fortes críticas por parte dos religiosos Fariseus. Mas isso não abalava o mestre, pois  na comunidade do Cristo,   não havia espaço  para vingança, mas para reconciliação. E nas comunidades cristãs de todos os séculos sempre houve mestres para lembrar que os seguidores do Cristo ressurreto nunca deveriam escolher o caminho do ódio e da vingança, mas do amor e da reconciliação, sem se importar com as críticas da sociedade à sua volta. 
( Mt 9.10).

Claudio Divino Pereira

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