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quinta-feira, 30 de maio de 2013

Morte em Condomínio em São Paulo : faltou um mediador, um fazedor de paz!


Condomínios são  opção de segurança e conforto para  moradores  das cidades grandes;  mas será que todos  estão  preparados para viver em comunidade?
A recente  tragédia em  um condomínio de luxo na Grande São Paulo, ilustra que  a violência não vem apenas do exterior  dos condomínios, mas está  dentro deles também.  Não acontece só nas periferias e não é causada só por moradores  de classes sociais  menos favorecidas.

Que tristeza  pensar  que  uma família foi destruída e outra arruinada pelo duplo assassinato  e um suicídio, pelo chamado  motivo fútil: o alto ruído provocado num apartamento.  Que tragédia para o filho pequeno que  perdeu a chance de ser criado pelos pais. Grande prejuízo para toda a sociedade!
Caso  esses  vizinhos  aplicassem o conselho de Paulo  na Carta ao Romanos, não teria ocorrido a tragédia: 
"... no que depender de vós, tende paz com todos os homens"  -  Rm 12.18


A gota d'água  que  transbordou o copo de  furor  do morador  do andar  de baixo, um homem de 60 anos,  foi o barulho   que  fazia o casal no andar  de cima.  Parece que já havia  uma rixa  entre  esses vizinhos, devido aos constantes barulhos  que faziam os  moradores  do apartamento de cima.
Contam os vizinhos  que antes da tragédia o vizinho  irritado com a barulho  chegou  a esbravejar  sua cólera  exigindo silêncio,  mas não foi atendido;  e o ruído continuou.

Um homem  irado,  normalmente toma as piores decisões, nessas horas de conflito pessoal.   Ao ver que não adiantavam suas reclamações  resolveu  dar vazão  ao seu furor. Ele possuía  uma arma  de fogo  em casa .  Irado, tomou seu revólver, bateu à porta dos vizinhos e  descarregou sua arma  e seu ódio no casal; depois voltou em casa, recarregou o revólver  e foi se suicidar  no elevador do  prédio.

Alguém vai me dizer que sou sonhador e que este tipo de coisa seria inevitável. Eu responderia que sou sonhador mesmo, mas que essa tragédia poderia ser evitada  de,  pelo menos, duas maneiras :

1a.  Se os envolvidos entendessem que o conflito  tinha um potencial de ter um final trágico; ou
2a. Se  houvesse um mediador  nesse condomínio, ou  alguma pessoa com discernimento para prevenir a tragédia: um fazedor de paz.  

Caso houvesse naquele prédio  pessoas que  pudessem observar que o conflito  já durava  algum  tempo, e  procurassem se aproximar,  entender melhor o que acontecia para abrir o diálogo entre as partes conflitantes, poderiam ter evitado uma tragédia.  Portanto um caso assim, uma simples rixa de vizinhos, exigia um mediador  de conflitos. Essa pessoa poderia ser alguém treinado pelo Condomínio para atuar nesse tipo de situação ou, mesmo informalmente , algum morador poderia ter abordado a situação antes dessa perda total  de controle.

Fico me perguntando: quantas pessoas que moravam  nesse condomínio, homens e mulheres  de Deus,  que são frequentadores  de igrejas,  mas que desconhecem  que uma de nossas missões , como cristãos, é de sermos fazedores de paz?

Infelizmente, poucas são as igrejas cristãs que enfatizam algo que Cristo, o Príncipe da Paz,  deixou  bem claro: “Bem aventurados os pacificadores porque eles serão chamados filhos de Deus” Mt. 5.9.

Haverá mais esperança  para as nossas cidades quando os filhos de Deus  cumprirem sua missão.


4 comentários:

  1. é chocante, pensar que o papel do verdadeiro cristäo de promover a paz está sendo täo falho..

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  2. Fico pensando o quanto somos falhos, em todos os aspectos, que as vezes deixamos ser levados pelo ódio e esquecemos o quanto humilde foi Jesus, que se eu ouvir e colocar em prática ao menos 1% dos ensinamentos dele, seria uma pessoa bem melhor. Mais será que eu como cristão teria coragem de intermediar essa paz? Acredito que nós cristãos dos dias de hoje, temos que ter mais atitude de fazer a diferença.

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  3. Sirlene, a promoção da paz é essencial no evangelho da paz. O papel de Jesus Cristo como mediador entre Deus e o homens já demonstra essa atuação pela paz. Quando o apóstolo Paulo diz em sua carta ao Coríntios que Deus lhe deu o ministério de reconciliação, não incluia apenas pregar a paz entre Deus e o ser humano, mas que esse ministério envolve também a proclamação da paz entre os homens (homens e mulheres). Mas se a igreja do Senhor não tem um estilo de vida de paz, como terá autoridade para pregar a mensagem de paz?

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  4. Olá Ivan, obrigado pelo comentário. Você cita a humildade de Jesus. De fato essa humildade do Servo do Senhor, está sendo pouco enfatizada nas igrejas que optam por uma pregação triunfante e baseada na Teologia da Prosperidade. A humildade, dentro da visão de muitos pregadores não parece encaixar no perfil de um cristão "próspero" e que exige de Deus, ou "determina" para Deus que ele tem que ser o "cabeça" em tudo que ele fizer. Ser manso e humilde de coração, como foi Jesus, não é tão enfatizado pelos prgadores que abraçam essa teologia.

    Mas quanto à sua reflexão de ter "coragem" de intermdiar uma situação de conlfito, quero dizer , primeiramente, que é xcelente pensar sobre isso.

    Mas também, vamos admitir que não é simples tomar atitudes de interferir num conflito para intermediar assusta muitas pessoas porque não temos muitos modelos desse tipo de atuação em nossas comunidades. Não vemos isso com frequencia nem nas escolas, nem nas igrejas.
    As igrejas, quando muito, tem um pastor que tenta mediar conflitos entre seus próprios membros . Mas oferecer serviços de mediação para pessoas da comunidade , que não sejam membros de suas igrejas, aí já é "pedir demais".

    Portanto, ivan, precisamos que os cristãos, em primeiro lugar, vejam que somoos fazedores de paz, e também precisamos aprender a afazer isso, praticando na igreja e fora dela. Abraços




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