Condomínios são
opção de segurança e conforto para
moradores das cidades grandes; mas será que todos estão
preparados para viver em comunidade?
A recente tragédia
em um condomínio de luxo na Grande São
Paulo, ilustra que a violência não vem
apenas do exterior dos condomínios, mas
está dentro deles também. Não acontece só nas periferias e não é
causada só por moradores de classes
sociais menos favorecidas.
Que tristeza
pensar que uma família foi destruída e outra arruinada
pelo duplo assassinato e um suicídio,
pelo chamado motivo fútil: o alto
ruído provocado num apartamento. Que
tragédia para o filho pequeno que perdeu
a chance de ser criado pelos pais. Grande prejuízo para toda a sociedade!
Caso esses vizinhos
aplicassem o conselho de Paulo na
Carta ao Romanos, não teria ocorrido a tragédia:
"... no que depender
de vós, tende paz com todos os homens"
- Rm 12.18
A gota d'água
que transbordou o copo de furor
do morador do andar de baixo, um homem de 60 anos, foi o barulho que
fazia o casal no andar de
cima. Parece que já havia uma rixa
entre esses vizinhos, devido
aos constantes barulhos que faziam os
moradores do apartamento de cima.
Contam os vizinhos
que antes da tragédia o vizinho
irritado com a barulho
chegou a esbravejar sua cólera
exigindo silêncio, mas não foi atendido; e o ruído
continuou.
Um homem
irado, normalmente toma as piores
decisões, nessas horas de conflito pessoal.
Ao ver que não adiantavam suas reclamações resolveu
dar vazão ao seu furor. Ele
possuía uma arma de fogo
em casa . Irado, tomou seu
revólver, bateu à porta dos vizinhos e
descarregou sua arma e seu ódio
no casal; depois voltou em casa, recarregou o revólver e foi se suicidar no elevador do prédio.
Alguém vai me dizer que sou sonhador e que este tipo de
coisa seria inevitável. Eu responderia que sou sonhador mesmo, mas que essa
tragédia poderia ser evitada de, pelo menos, duas maneiras :
1a. Se os envolvidos entendessem que o conflito tinha um potencial de ter um final trágico;
ou
2a. Se houvesse um
mediador nesse condomínio, ou alguma pessoa com discernimento para prevenir
a tragédia: um fazedor de paz.
Caso houvesse naquele prédio pessoas que pudessem observar que o conflito já durava
algum tempo, e procurassem se aproximar, entender melhor o
que acontecia para abrir o diálogo entre as partes conflitantes, poderiam ter
evitado uma tragédia. Portanto um caso
assim, uma simples rixa de vizinhos, exigia um mediador de conflitos. Essa pessoa poderia ser alguém
treinado pelo Condomínio para atuar nesse tipo de situação ou, mesmo
informalmente , algum morador poderia ter abordado a situação antes dessa perda
total de controle.
Fico me perguntando: quantas pessoas que moravam nesse condomínio, homens e mulheres de Deus, que são frequentadores de igrejas, mas que desconhecem que uma de nossas missões , como cristãos, é
de sermos fazedores de paz?
Infelizmente,
poucas são as igrejas cristãs que enfatizam algo que Cristo, o Príncipe da Paz, deixou
bem claro: “Bem aventurados os pacificadores porque eles serão chamados
filhos de Deus” Mt. 5.9.
Haverá mais esperança
para as nossas cidades quando os filhos de Deus cumprirem sua missão.
é chocante, pensar que o papel do verdadeiro cristäo de promover a paz está sendo täo falho..
ResponderExcluirFico pensando o quanto somos falhos, em todos os aspectos, que as vezes deixamos ser levados pelo ódio e esquecemos o quanto humilde foi Jesus, que se eu ouvir e colocar em prática ao menos 1% dos ensinamentos dele, seria uma pessoa bem melhor. Mais será que eu como cristão teria coragem de intermediar essa paz? Acredito que nós cristãos dos dias de hoje, temos que ter mais atitude de fazer a diferença.
ResponderExcluirSirlene, a promoção da paz é essencial no evangelho da paz. O papel de Jesus Cristo como mediador entre Deus e o homens já demonstra essa atuação pela paz. Quando o apóstolo Paulo diz em sua carta ao Coríntios que Deus lhe deu o ministério de reconciliação, não incluia apenas pregar a paz entre Deus e o ser humano, mas que esse ministério envolve também a proclamação da paz entre os homens (homens e mulheres). Mas se a igreja do Senhor não tem um estilo de vida de paz, como terá autoridade para pregar a mensagem de paz?
ResponderExcluirOlá Ivan, obrigado pelo comentário. Você cita a humildade de Jesus. De fato essa humildade do Servo do Senhor, está sendo pouco enfatizada nas igrejas que optam por uma pregação triunfante e baseada na Teologia da Prosperidade. A humildade, dentro da visão de muitos pregadores não parece encaixar no perfil de um cristão "próspero" e que exige de Deus, ou "determina" para Deus que ele tem que ser o "cabeça" em tudo que ele fizer. Ser manso e humilde de coração, como foi Jesus, não é tão enfatizado pelos prgadores que abraçam essa teologia.
ResponderExcluirMas quanto à sua reflexão de ter "coragem" de intermdiar uma situação de conlfito, quero dizer , primeiramente, que é xcelente pensar sobre isso.
Mas também, vamos admitir que não é simples tomar atitudes de interferir num conflito para intermediar assusta muitas pessoas porque não temos muitos modelos desse tipo de atuação em nossas comunidades. Não vemos isso com frequencia nem nas escolas, nem nas igrejas.
As igrejas, quando muito, tem um pastor que tenta mediar conflitos entre seus próprios membros . Mas oferecer serviços de mediação para pessoas da comunidade , que não sejam membros de suas igrejas, aí já é "pedir demais".
Portanto, ivan, precisamos que os cristãos, em primeiro lugar, vejam que somoos fazedores de paz, e também precisamos aprender a afazer isso, praticando na igreja e fora dela. Abraços