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Monumento Marco da Paz, Sao Paulo, Brasil |
É notório que a crueldade dos extremistas islâmicos, tem indignado e
revoltado a opinião pública de diversos países do mundo, após a
onda de atentados terroristas realizados por aquela rede criminosa, que se
auto denomina Estado Islâmico. Eles vêm perseguindo e matando
cristãos e outras minorias, sequestrando jornalistas internacionais e os executando
e fazendo barbaridades, a ponto de muitas igrejas norte-americanas, que foram
contra a invasão do Iraque em 2003, agora se pronunciam favoráveis a que os EUA
promova ofensivas militares no oriente
Médio, contra o Estado Islâmico.
E ao tomar conhecimento de duas notícias, divulgadas hoje pela agência
Reuters, passei a crer que a situação, que já é tensa nos EUA
e na Europa, vai piorar ainda mais.
A primeira : Crime de Ódio
A primeira notícia foi que três jovens muçulmanos foram mortos por um
atirador perto da Universidade de Carolina do Norte, sendo um dos
jovens, Deah Barakat, 23 anos, estudante de Odontologia, sua esposa
e sua irmã.
A polícia prendeu o assassino; um homem de 46
anos, mas não conseguiu informar o motivo do crime; possivelmente
seria o chamado Crime de Ódio. Dois dos mortos usavam trajes muçulmanos.
O massacre aos três jovens, deixou a comunidade de origem
Árabe nos EUA bastante preocupada pois cresce a cada dia o discurso
contra os muçulmanos na sociedade norte-americana.
Cada crime praticado pelos extremistas do grupo Estado Islâmico, como o
de ter queimado vivo um piloto jordaniano que aquele grupo havia sequestrado,
repercute desfavorável para os praticantes do islamismo na América
e na Europa, principalmente.
Políticos e vários formadores de opinião na América do Norte
e da Europa deixam de entender, ou se fingem de desentendidos, que a facção
terrorista EI - Estado Islâmico, não representa os integrantes da
religião islâmica; e a onda de ódio só tende a aumentar,
infelizmente.
A segunda: Barack
Obama quer uma nova Guerra
A outra notícia, para
agravar a situação é que o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama,
encaminhou ao Congresso nesta quarta-feira um pedido de autorização para
uso da força militar na campanha contra o Estado Islâmico, ou seja, um
pedido para iniciar uma nova Guerra no Oriente Médio.
Ficou óbvio aos olhos
do mundo inteiro e dos próprios norte-americanos que a Guerra dos EUA
contra o Iraque, de 2003 até 2011, não chegou nem perto de resolver o
problema do terrorismo; pelo contrário, o fez agravar, pois tentaram tratar
a violência com violência.
O que pensam as
igrejas com tradição de pacifismo cristão.
Obviamente que após
as atrocidades cometidas pelo grupo Estado Islâmico cada dia cresce
mais o desejo de pará-los pois é muito revoltante a forma como esse grupo
trata suas vítimas; e até as vozes dentro das igrejas
estão aceitando como justificável o uso da Guerra para deter esse
terror.
Sobre esse tema
da legitimidade ou não dessas intervenções militares no Oriente Médio o
Seminário Teológico Bienenberg, de Liestal, Suiça, pronunciou-se num
documento muito honesto, elaborado pelo corpo docente daquela instituição.
Os mestres de Bienenberg explicam inicialmente que o seminário faz “parte da tradição da igreja de paz, cujo compromisso com o pacifismo
remete à vida, morte e ressurreição de
Jesus Cristo”.
O documento declara que apesar de também estarem estarrecidos com as ações
do Estado Islâmico, entretanto continuam crendo que esta situação não
invalida as convicções pacifistas, e
particularmente dirigem suas reflexões para todos que reconhecem jesus Cristo
como o Príncipe da Paz; e que entendem o
seu mandamento de amar ao inimigo como um chamado às igrejas para testemunhar
do reino de Deus que chegou neste mundo.
Reconhecem que é bem mais fácil dizer certas coisas estando longe dos
conflitos violentos, mas em vez de permitir que a impotência e resignação os paralisem,
querem continuar envolvidos com humildade e com a ajuda do Espírito de Deus em “buscar
a paz” (Heb. 12.14). Fazem isso unidos
em solidariedade às vítimas destes atos sem piedade. Deus, tem piedade!
Veja o teor do documento na íntegra acessando o link abaixo.
Fontes:
3Agencia
Reuters